quarta-feira, 20 de maio de 2015

Ser Discípulos do Senhor!



Um dos caminhos da gênesis do discipulado nasce da pergunta: “Mestre onde moras? Venham e vocês verão. Então eles foram... E começaram a viver com Ele”, Jo (1,38-39). Tudo se dá a partir do “Encontro”. Ser discípulo é bem mais do que ser “adepto de uma pessoa”. No itinerário da missão apresentado por Jesus, ser discípulo é ver Nele o único Mestre, é fazer de seu Projeto o ideal de vida.

Na contínua busca da descoberta do que venha ser discípulo, encontraremos em (At 11,26) uma grande inspiração quando diz: “... Em Antioquia chamaram pela primeira vez os discípulos de cristãos”. E o que é ser cristão? É ser discípulo de Cristo no sentido de segui-lo e estar ligado a Ele pessoalmente, manifestando assim, a experiência do “Encontro”. É neste contexto que se fundamenta a vocação missionária. 

Os discípulos de Jesus não se limitavam a transmitir o que o Mestre havia dito, palavra por palavra, mas, a serem “testemunhas” da vida e dos fatos que Jesus realizou, anunciar o Reino e fazer com que esta realidade se tornasse possível. Os discípulos transmitindo a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, são mais testemunhas do que veículos das tradições e leis verbais. Como chegaram a ser discípulos de Jesus? O Documento de Aparecida diz: “Os que se sentiram atraídos pela sabedoria das suas palavras, pela bondade do seu tratamento e pelo poder dos seus milagres, pelo assombro inusitado que despertava sua pessoa chegaram a ser discípulos de Jesus” (DAp 21).

Jesus, ao contrário dos mestres da época, era um Mestre itinerante. Não formou, por isso, discípulos sedentários, mas os associou a suas andanças missionárias. O discípulo é chamado a ser missionário e este, por sua vez, deixar ser “disciplinado” pelo Mestre.
A tarefa do discípulo, a exemplo do Mestre e sob o impulso do Espírito, é a de construir a verdadeira comunhão entre os homens. Ele só pode ser construtor da Comunhão porque já vive a comunhão. “Somos missionários por sermos Igreja que vive na unidade do amor e não tanto por aquilo que fazemos” (RM, 23).


“Não se pode testemunhar Cristo sem espelhar a Sua imagem, que é gravada em nós por obra e graça do Espírito. A docilidade ao Espírito permitirá acolher os dons da fortaleza e do discernimento, que são traços essenciais da espiritualidade missionária. (...) Como então, hoje é necessário rezar para que Deus nos conceda o entusiasmo para proclamar o Evangelho. Temos de prescrutar os caminhos misteriosos do Espírito e, por Ele, nos deixarmos conduzir para a verdade total (cf. Jo 16, 13)” (RMi, 87).

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