É toda a atividade na Igreja que tem
por finalidade criar, desenvolver e manter viva no povo de Deus a consciência
missionária, de modo particular, sobre a dimensão universal da missão. Na sua
essência, “animação” significa exatamente comunicar vida, espírito, alegria,
vitalidade, abertura, entusiasmo para colocar a Igreja em estado permanente de
missão. Contudo, animar não significa somente realizar muitas iniciativas.
Acima de tudo, animar missionariamente significa formar uma mentalidade, criar
uma mística, uma espiritualidade missionária onde a vida se torne missão.
Trata-se de criar uma mentalidade que se transforma em hábitos permanente nas
pessoas, instituições e comunidades. O ardor missionário, fruto dessa mística e
espiritualidade se faz opção de vida que é manifestada no amor de Deus
anunciado e vivido nas periferias existenciais e geográficas até os confins do
mundo. Um cristão ou comunidade cristã animada missionariamente assume a missão
universal com responsabilidade e nutre o desejo permanente de partilhar sua fé.
Podemos
dizer que mística e animação missionária são inseparáveis. O desânimo, a
indiferença, o fechamento e a falta de entusiasmo pela missão é resultado duma
crise de mística, de espiritualidade missionária. Jesus, que viveu em comunhão
íntima com o Pai, foi, por excelência, o missionário da vontade do Pai. Ele era
o enviado do Pai para anunciar a Boa Nova (Mc 1, 38-39). “O Espírito do Senhor
está sobre mim... para anunciar a Boa Notícia aos pobres, enviou-me para
proclamar o ano de graça... a libertação aos presos...” (Lc 4, 18-21).
Para o
apóstolo Paulo, a mítica era profunda comunhão com a pessoa e a prática de
Jesus: “Para mim, o viver é Cristo” (Fl 1,21). A exemplo do apóstolo dos
gentios, a animação missionária deve suscitar o ardor, a paixão, a vibração, o
entusiasmo, a alegria e a coragem que o levava a exclamar: “Ai de mim se eu não
anunciar o Evangelho!” (1 Cor 9,16). Em suma, animar é convocar para um novo
reencantamento missionário, uma nova primavera da missão. Quem realmente
encontrou Cristo, vive na alegria e comunica a esperança que renova e dá sentido
à vida.
É
importante lembrar que a Animação Missionária não é tarefa somente de alguns
especialistas, mas é elemento primordial da ação ordinária das Igrejas locais
para que efetivamente sejam missionárias (cf. RM, 83). Conforme nos lembra o
papa Francisco, “a missionariedade não é somente uma dimensão programática na
vida cristã, mas também uma dimensão paradigmática que diz respeito a todos os
aspectos da vida cristã” (Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2013). “A
missão programática, como o próprio nome indica, consiste na realização de atos
de índole missionária. A missão paradigmática, por sua vez, implica colocar em
chave missionária a atividade habitual das Igrejas particulares” (Aos
dirigentes do CELAM, dia 28 julho, JMJ Rio 2013). Essa tarefa requer a
participação de todos, em especial das lideranças.
As tarefas da Animação Missionária
Cinco
são as tarefas da Animação Missionária: a informação, a formação, a animação, a
cooperação e a articulação.
FORMAR:
Todos os missionários sejam
preparados e formados, cada qual segundo a sua condição, de maneira a estarem à
altura das exigências do trabalho futuro.
(AG.26). A formação Missionária deve ocupar um lugar central na vida
cristã e a tarefa missionária não deve tornar-se uma realidade diluída na
missão global do povo de Deus (DGAE 94).
- Organizar e promover: Escolas Missionárias,
cursos, Retiros e encontros de capacitação missionária.
INFORMAR:-
Fazer conhecer as programações e as atividades da animação e ação missionária
através dos meios de comunicação como: jornais, revistas, cartazes, painéis,
Vídeos,
rádios, Imprensa,
Revistas Missionárias, Serviço de informação Missionária (SIM-POM), Jornal
parceiros da Missão, site, Blogs, Redes Sociais e partilha das atividades
realizadas.
- Promover a correspondência e os encontros
com os
Missionários/as que atuam dentro e fora do
País.
COOPERAR: “A cooperação é o primeiro fruto da
animação missionária, entendida como um espírito e uma vitalidade que impele os
fiéis, a uma responsabilidade universal”.
(CM.2). Assim, tanto a
Comissão como os Conselhos Regionais e Diocesano devem:-buscar desenvolver projetos
de Cooperação Intereclesial aqui e além fronteiras.
- Sustentar a evangelização e quem nela
trabalha com
Orações, sacrifícios, ajudas...
- Promover
projeto de Igrejas irmãs.
-
Incentivar vocações missionárias.
ARTICULAR:
- celebrações, Campanha Missionária do Mês
Missionário, Coletas Missionárias e outras atividades que favoreça a animação e
ação missionária nas comunidades.
Os
objetivos principais da animação missionária são: apresentar a realidade da
missão em suas dimensões em especial a missão ad gentes, conscientizar o povo
de Deus da sua responsabilidade missionária, informar e refletir sobre as
grandes questões da humanidade nos vários povos e culturas, propor a vocação
missionária em todas as suas formas, promover um estilo de vida profético e
evangélico, promover a cooperação espiritual, pessoal e material em favor das
missões, rezar pelos missionários e missionárias e suas obras, divulgar a
comunicação missionária.
Momentos fortes de Animação Missionária
Em
primeiro lugar, a Animação Missionária deve permear todo o Plano Pastoral de
uma Igreja particular em estado permanente de missão. Ela não se reduz a
iniciativas ocasionais e dispersas, porém existem alguns momentos que são mais
oportunos para a conscientização, entre os quais temos a vivência do Mês das
Missões com a Campanha Missionária, os congressos missionários, as assembleias e Encontros dos conselhos, grupos e
organismos missionários, projetos missionários da Igreja, ordenações,
celebrações de consagração
religiosa.
Os
sujeitos da Animação Missionária:
a dimensão missionária
da Igreja local; a Comissão Episcopal para Ação Missionária e os organismos da
CNBB (CCM, CIMI);as POM; a CRB e os institutos missionários.
Para que, ação Missionária, atinja os
seus fins e os resultados, devem todos os missionários ter um «só coração e uma
só alma» (At. 4,32). (cf.AG.30). Devem ser orientados e unidos de modo que tudo
se faça com ordem (1 Cor. 14,40) em todas as atividades e esferas da cooperação
missionária. (cf.AG.28);
CONGREGAÇÃO PARA A
EVANGELIZAÇÃO DOS POVOS
Para todas as missões e para toda a
atividade missionária, orientará e coordenará, em todo o mundo, tanto a
atividade como a cooperação missionária.Esta deve promover, a vocação e a
espiritualidade missionária, o zelo e a oração pelas missões, Suscite e
distribua os missionários, Organize plano de ação; as normas diretivas, os
princípios para a evangelização.
CONFERENCIAS EPISCOPAIS
Para que as atividades missionária
possa exercer mais eficazmente, convém que as Conferências episcopais tomem a
direção de todos os assuntos que dizem respeito a uma ordenada cooperação da
própria região. (AG 38). E em virtude da comum responsabilidade missionária, em
todas as Conferencias Episcopais deve constituir uma Comissão Episcopal para as
missões.
TAREFA:
Incrementar
a evangelização, a animação e a cooperação missionária. (CM 10).
Estimular
as iniciativas missionárias, crescimento da consciência missionária nas Igrejas
particulares e compromisso na missão Ad.gentes.
Promover as Pontifícias Obras
Missionárias (POM) em todas as Dioceses, procurar fazer
com a coleta missionária seja colocada integralmente entregue as POM.
Zelar
pra que se interagem de maneira harmônica todas as iniciativas de cooperação
missionária.
Suscitar
e ordenar a colaboração dos Institutos Missionários. (CM.11).
COMISSÃO EPISCOPAL PARA A AMAZONIA
A Comissão
Episcopal para a Amazônia (CEA) é a expressão do compromisso dos bispos do
Brasil, selado no pacto de apoio solidário e fraterno à Igreja da Amazônia,
durante a 41ª Assembleia Geral, em maio de 2003. O que a distingue
das demais Comissões Episcopais é sua característica territorial.
Por isso, sua organização é pautada, desde
o início, por iniciativas que levem ao melhor conhecimento
da Amazônia e alargamento da ação da
Igreja nela. Sua ênfase tem sido posta
nas funções propriamente eclesiais ou
religiosas, em paralelo ou conexão com o trabalho
das demais Comissões.
Os
programas e projetos da Comissão visam concretizar os seguintes objetivos:
-Sensibilizar os brasileiros frente à
complexa realidade da Amazônia;
-Favorecer o despertar e o aprofundamento
da consciência missionária, atendendo ao apelo da
Igreja que se encontra na Amazônia:
“Dai-nos de vossa pobreza”, com projetos de solidariedade
e programas afins, através da
participação corresponsável e fraterna de todas
as dioceses.
COMISSÃO PARA A MISSAO
CONTINENTAL: MISSÃO CONTINENTAL
A Missão Continental é a expressão da
Nova Evangelização no continente latino-americano. O Papa João Paulo II
recordava que “...os confins entre o cuidado pastoral dos fiéis, a nova
evangelização e a atividade missionária específica não são facilmente
identificáveis, e não se deve pensar em criar entre esses âmbitos barreiras ou
compartimentos estanques.” (Rmi 34) Assim, como dimensão da missão universal da
Igreja, no contexto da Igreja da América Latina, a Missão Continental busca
colocar em prática a proposta de renovação eclesial da Conferência de
Aparecida, a conversão pastoral: passar de uma pastoral de mera conservação
para uma pastoral decididamente missionária. “Este despertar missionário, em
forma de uma Missão Continental, cujas linhas fundamentais foram
examinadas por nossa Conferência, [...] esperamos sejam portadoras de
riqueza de ensinamentos, orientações e prioridades”
(DAp 551).
Assim, mais do que um projeto missionário
propriamente dito, trata-se de uma opção missionária que pretende renovar a
comunidade eclesial, para que todos os batizados, convertidos em discípulos
missionários, sejam capazes de dar testemunho da Boa Notícia em nosso mundo de
hoje. Um dos compromissos centrais de Aparecida foi justamente despertar a
consciência dos cristãos para a missionariedade de seu batismo e de todas as
atividades realizadas na Igreja. Assim, a conversão de cada batizado está na
origem dinâmica da conversão de todas as estruturas de Igreja. Como expressão
da Nova Evangelização, apoiada na organização missionária da Igreja no Brasil,
as tividades da Missão Continental visam contribuir nessa dinâmica para o
verdadeiro processo de “conversão pastoral”: ajudar que toda atividade eclesial
se realize em “chave missionária”.
Dessa forma, a Missão Continental
busca que todas as estruturas eclesiais, os planos pastorais de dioceses,
paróquias e comunidades religiosas, movimentos e qualquer instituição na
Igreja, todos os serviços prestados no meio eclesial tenham um perfil
missionário. Assim, nas palavras do Papa Francisco, a Conferência de Aparecida
se prolonga na Missão Continental, se realizando sob duas dimensões: programática,
num itinerário de eventos visando à formação no sentido da missão permanente; paradigmática,
tendo como dinamismo, “colocar em chave missionária a atividade habitual das
Igrejas particulares”. (Discurso aos Bispos do CELAM, JMJ, 2013) Atenta a
esse apelo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio de suas
comissões, juntamente com as Pontifícias Obras Missionárias, e demais
organizações missionárias da Igreja, se vê chamada a criar e manter as
estruturas e condições necessárias para a animação e acompanhamento da
realização da Missão Continental no âmbito das Igrejas Locais. Como diz o
documento de Aparecida, nenhuma comunidade deve isentar-se de entrar
decididamente, com todas as forças, nos processos constantes de renovação e de
abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favorecem a transmissão da fé
(DAp 365).
AS IGREJAS LOCAIS –
DIOCESES
Cada
Igreja particular, porção da Igreja Católica sob a guia do seu Bispo, está,
também ela, chamada à conversão missionária. (cf.EG.30) O amadurecimento no
seguimento de Cristo e a paixão por anunciá-lo requerem que a Igreja local se
renove constantemente em sua vida e ardor missionário. Experiência do encontro
com Jesus Cristo vivo, amadurece sua vocação cristã, descobre a riqueza e a
graça de ser missionário e anuncia a palavra com alegria. Em todas suas
comunidades e estruturas, é chamada a ser uma “comunidade missionária” Cada
Diocese necessita fortalecer sua consciência missionária, saindo ao encontro
daquele que ainda não creem em cristo no espaço de seu próprio território e
responder adequadamente aos grandes problemas da sociedade na qual está
inserida. Presidida pelo Bispo, é o primeiro espaço da comunhão e da missão.
Ele deve estimular e conduzir os serviços e organizações para que se orientem
em um mesmo projeto missionário para comunicar vida no próprio território.
(DAp. 168-169). Sua tarefa Missionária segue as mesmas da Conferência
Episcopal.
AS PARÓQUAIS
A
partir da paróquia é necessário anunciar o que Jesus Cristo “fez e ensinou” (At
1,1) enquanto esteve entre nós. A renovação missionária das paróquias se impõe,
tanto na evangelização das grandes cidades como do mundo rural de nosso
Continente, que está exigindo de nós imaginação e criatividade para chegar às
multidões que desejam o Evangelho de Jesus Cristo. (Cf.DAp.172-173)
ORGANISMOS
Pontifícias
Obras Missionárias: (POM). Por serem Pontifícias estão ligas diretamente ao
Papa. Nasceram de iniciativas carismáticas e foram lançadas por leigos ou
sacerdotes com a finalidade de apoiar a atividades dos Missionários e seu
objetivo é promover o Espírito Missionário universal no seio do povo de Deus.
Promover a Campanha Missionária do Mês de Outubro, com também fazer a justa
distribuição das coletas das missões. Dependem
da Congregação para a Evangelização dos povos e das Conferencias Episcopais nos
diversos territórios. (CM 6-7)s - O
que é?Somos uma Instituição da Igreja católica que compreende quatro
Pontifícias Obras:
Ø Propagação
da Fé (que inclui Juventude Missionária, famílias Missionários e enfermos
missionários) (1822)
Ø Infância
e Adolescência Missionária (1843)
Ø São
Pedro Apóstolo (1889)
Ø União
Missionária (1916)
Como
Instituição da Igreja e do Papa – por isso são Pontifícias – e de cada Igreja
particular, têm em comum a finalidade primeira e principal de despertar e
promover o espírito missionário universal de
todos os membros do Povo de Deus. Informam sobre a vida e as necessidades da Missão universal e estimulam as Igrejas a rezarem umas pelas outras e
ajudarem-se reciprocamente com o envio de pessoas e de meios
materiais, suscitando, assim, o
espírito de solidariedade em vista da evangelização do mundo.
“Na obra de
animação missionária, o dever primeiro compete às Pontifícias Obras
Missionárias, como várias vezes
afirmei nas Mensagens para o Dia Mundial das Missões... Sendo do Papa e do Colégio Episcopal, estas Obras ocupam,
também no âmbito das Igrejas particulares, justamente o primeiro lugar, já que são meios aptos para infundir nos católicos, desde a infância, um espírito verdadeiramente universal e
missionário e para favorecer uma
adequada coleta de fundos em favor
de todas as missões, segundo a necessidade
de cada uma (AG 38). Elas geram, no mundo católico,
aquele espírito de universalidade e de
serviço à missão, sem o qual não existirá verdadeira cooperação" (RMi 84”).
São obras
evangelizadoras e têm por finalidade não só ajudar e colaborar com as Igrejas
de Missão, mas são imprescindíveis para a educação e amadurecimento da fé dos
fiéis e das comunidades eclesiais, em
todos os níveis. "Se não existissem, dever-se-ia inventá-las" (Paulo
VI).
Objetivos
Ø
Infundir nos católicos, desde a infância, o sentido
verdadeiramente universal e missionário, despertando a responsabilidade para o compromisso
na evangelização em todo o mundo.
Ø
Cooperar com a oração, sacrifícios e testemunho de vida
cristã em favor das missões. Estimular a coleta eficaz para ajudar todas as
missões, segundo a necessidade de cada uma, recuperando o espírito de solidariedade
e partilha fraternas das primeiras comunidades cristãs.
Ø
Suscitar vocações ad gentes e por toda a vida, tanto nas
Igrejas de antiga fundação como nas jovens. O testemunho firme da fé
manifesta-se no compromisso, na promoção e apoio das vocações missionárias.
Ø
Organizar missionariamente as comunidades eclesiais em todos
os níveis.
CENTRO
CULTURAL MISSIONÁRIO: (CCM.
É um organismo
vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem por
finalidade:
-Oferecer um percurso de iniciação à missão no Brasil para missionárias e
missionário
que chegam do exterior;
-Promover
cursos de formação missionária para brasileiras e
brasileiros enviados a outra região
ou país como missionários além-fronteiras;
-Realizar eventos de estudo e aprofundamento sobre teologia, espiritualidade e
prática de missão para diversos
segmentos eclesiais;
-Fomentar o surgimento e a capacitação específica de animadores missionários na
Igreja no Brasil.
OS
INSTITUTOS DE VIDA MISSIONÁRIA
O Espírito Santo, para utilidade comum reparte os carismas
como quer, inspira no coração de cada um a vocação missionária e ao mesmo tempo
suscita na Igreja Institutos, que assumem, como tarefa própria, o dever de
evangelizar. A obra missionária, não pode ser realizada pelos indivíduos
isolados, a vocação comum reuniu-os em Institutos, pelo esforço comum, se
formassem convenientemente e executassem essa tarefa em nome da Igreja e
segundo a vontade da autoridade hierárquica. (AG.27)
OS MISSIONARIOS
LEIGOS
Enviados nas
terras de missão, os leigos, quer estrangeiros quer nativos, exerçam o ensino
nas escolas, administrem as coisas temporais, colaborem na atividade paroquial
e diocesana, iniciem e promovam as várias formas de apostolado dos leigos, para
que os fiéis das igrejas jovens possam assumir quanto
antes a sua parte na vida da Igreja. (AG.41)
CONSELHO
MISSIONÁRIO INDIGINISTA (CIMI)
Criado em 1972,
é um organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que,
em sua atuação missionária, na igreja católica junto aos povos indígenas. Tem
como princípio de ação:
-o
respeito a alteridade indígena em sua pluralidade étnico-cultural e histórica e
a valorização dos conhecimentos tradicionais
dos povos indígenas;
-o protagonismo dos povos indígenas
sendo o CIMI é um aliado nas lutas pela garantia dos direitos históricos;
-a opção e o compromisso com a causa indígena dentro de uma perspectiva mais ampla de uma
sociedade democrática, justa, solidária, pluriétnica e pluricultural.
A PASTORAL BRASILEIRA NO EXTERIOR:(PBE)
A Pastoral dos Brasileiros no Exterior (PBE) está
associada à Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação
Intereclesial da CNBB. Foi criada em 1995, atendendo aos pedidos tanto de
Bispos, como de emigrantes brasileiros. Tem como Objetivo incentivar a ação
pastoral junto aos brasileiros no exterior, colaborando com as Igrejas onde
vivem os migrantes, favorecendo uma vivência inculturada do Evangelho e
preservando as tradições religiosas e culturais da Pátria de origem. Especificamente:
Sensibilizar as Dioceses de saída e de acolhida sobre o desafio das migrações.
Procurar e preparar missionários para atender as comunidades brasileiras.
Definir, com as Dioceses de destino, os locais onde os missionários irão
trabalhar.
Passos necessários para ser enviado em nome da PBE.
·Ser apresentado pelo Bispo do missionário, ao Bispo
referencial da PBE:
·Participar do curso “ad Gentes”, em Brasília, no Centro
Cultural Missionário (CCM) (mês de agosto),
·Passar por um processo de discernimento da nova opção
missionária. Não ter pressa. Não se
trata só de uma “experiência
missionária”, ou de um motivo para aprender uma língua, mas de um desejo
verdadeiro de servir os migrantes, por no mínimo três anos. Não cumprir o prazo prejudica a ida de outros missionários.
·Aguardar a carta de chamada (convite), antes de se
desligar da sua diocese.
·Enviar para o Bispo que solicita a ajuda a documentação
necessária.
·Saber um pouco de inglês (Japão, USA...). Os Bispos
querem que o missionário esteja bem integrado
à comunidade local.
·Tempo de permanência na missão: Japão, mínimo 6 anos;
outros países, 3 anos.
·A idade também tem a sua importância. Há Bispos que não
aceitam sacerdotes com mais de 40 (Japão) ou 50 anos. O fator idade
pesa na aprendizagem da língua.
·Para as despesas da viagem intercontinental, as dioceses
de partida e/ou chegada podem ajudar.
A articulação da Animação Missionária: marco organizacional; COMINA, COMIRE, COMIDI, COMIPA; GAM; COMISEs; planos de Animação Missionária,
acompanhamento de projetos de Ação Missionária.
OS CONSELHOS
MISSIONÁRIOS
Para alcançar maior unidade e eficácia operação na animação
missionária a Conferência Episcopal constituí. (CM.10).
COMINA:
O Conselho
Missionário Nacional (COMINA) criado no dia 01/11/1972 é uma instituição e
constituída pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem como
presidência o Bispo Presidente da Comissão Episcopal para Ação Missionária e
Secretaria executiva a Assessora (o) da Comissão Episcopal. Sua tarefa é
articular os organismos e instituições missionárias da Igreja no Brasil e,
assim, alcançar maior unidade e eficácia operativa na animação e cooperação
missionária. De forma análoga constituem-se Conselhos Missionários nos Regionais
(COMIREs), Conselhos Diocesanos (COMIDIs) e Conselhos Paroquiais (COMIPAs).
(cf. CM 12):São Membros:
-o Bispo
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação
Intereclesial, que também é -Presidente do COMINA e o assessora (o) da Comissão que é também a Secretaria
Executiva.
-os Bispos
membros da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação
Intereclesial;
os Bispos
referenciais da Dimensão Missionária dos Regionais; o Bispo Presidente do
Conselho Indigenista Missionário (CIMI);
-o Bispo
referencial do Pastoral dos Brasileiros no Exterior (PBE);
-o Diretor
nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) e os Secretários Nacionais
das Pontifícias Obras Missionárias;
-o Secretário
Executivo do Centro Cultural Missionário(CCM);-os Assessores nacionais da
Comissão Episcopal para a Amazônia e para a Missão Continental;
-o Presidente
da Conferência dos Religiosos do Brasil(CRB);
-o Presidente
da Conferência Nacional dos Institutos Seculares (CNIS);
-o Presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI);
-quatro (4)
representantes (2 femininos e 2 masculinos) de Instituto Missionários ad gentes que tenham atuação no Brasil e
no Exterior, indicados pela Conferência dos Religiosos do Brasil;
-o Presidente
da Comissão Nacional dos Presbíteros (CNP);
-o Presidente
da Comissão Nacional dos Diáconos (CND);
-o Presidente
do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB);
-o
coordenador de cada COMIRE.
COMIRE
28. Conselho
Missionário Regional; Atua em consonância com as finalidades e organização do
Conselho Missionário Nacional (COMINA). Tem
como objetivo: articular e realizar as tarefas de animação, formação,
informação, organização e cooperação missionária em todos os níveis da Igreja
no Regional da CNBB.
COMIDI: Conselho Missionário Diocesano.
29. É composto por
representantes dos COMIPAS e dos grupos que atuam na dimensão missionária. As Igrejas locais hão de incluir a animação
missionária como elemento primordial de sua pastoral”(RMi 83.)
Finalidade:
-
articular as atividades missionárias em nível diocesanos;
-
implantar e acompanhar os COMIPAS;
- organizar e assessorar, junto ao COMIRE, as
Escolas Missionárias, os encontros de
formação e de espiritualidade missionária;
-
atuar em comunhão com as forças missionárias da Diocese,
-o
Conselho Missionário Indigenista, CIMI;
-as
04 Obras das Pontifícias Obras Missionárias;
-as
Santas Missões Populares;
-os
Institutos Religiosos Missionários,
-Pastoral
Vocacional;
-Pastoral
da Comunicação (Pascom)
COMIPA: Conselho Missionário
Paroquial:
30. É uma equipe
que assume a Animação Missionária na Paróquia, envolvendo pastorais, grupos,
movimentos... para que todos vivam o espírito missionário e se abram ao mundo,
às suas realidades e desafios.
GAM Grupo de
Animação Missinária
31.
É um grupo de pessoas que se encontram pelos menos uma vez
por mês com o objetivo de: Rezar, refletir e articular a dimensão missionária,
crescendo assim a consciência missionária.
COMISES:
Conselho Missionário de Seminaristas:
32. O Conselho
Missionário do Seminário (COMISE) é um organismo das casas de formação
sacerdotal (seminários) da Igreja Católica no Brasil. o
objetivo É garantir uma sólida formação missionária nos candidatos ao
sacerdócio de modo que “não exista um só clérigo em que não arda este
sagrado fogo de caridade pelo apostolado missionário.(Pio XI,
Rerum Ecclesiae, 9) Informar às
casas de formação sobre a situação da missão,;
-Acompanhar os
missionários filhos das (arqui)dioceses que estão trabalhando em outro lugar;
-Conscientizar
seminaristas e reitores (formadores) da urgência da missão por meio de
ações missionárias, pregações, encontros e retiros com temas missionários;
-Convidar missionários
que passam nas (arqui)dioceses, pedir que estes freqüentem o seminário e
partilhem de suas experiências;
-Estimular a
colaboração pessoal (escolha missionária ‘além-fronteiras’ por parte de
seminaristas e de jovens com os quais os seminaristas trabalham nas pastorais);
-Promover a
cooperação solidária.