“Deus quer que todos se salvem e cheguem ao
conhecimento da verdade.” (1Tm 2,4)
A missão de evangelizar é de todos os cristãos; cada
batizado é membro de Cristo e por isso participa da missão da Igreja que é
levar o evangelho da salvação a todos os povos e a todas as pessoas. Jesus não
quis e não quer salvar o mundo sem a nossa cooperação; assim nos dá a honra e a
glória de sermos participantes de seu múnus profético.
O que podemos fazer mais de importante na vida é levar
Cristo ao coração das pessoas, pois “só nele existe salvação”(At 4,12). Ele é a
“Luz do mundo” (Jo 8,12).
“Sem Jesus Cristo o homem permanece para si mesmo um
desconhecido, um mistério insondável, um enigma indecifrável”.
Beato João Paulo II, Encíclica “Jesus redentor dos
homens”.
São Paulo nos diz que a fé e a salvação entram pelo ouvido:
“Ora, como invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele que não ouviram? E como o ouvirão, se ninguém o proclamar? E
como o proclamarão, se não houver enviados? Assim é que está escrito: “Quão
bem-vindos os pés dos que anunciam boas novas!” Mas nem todos obedeceram à Boa
Nova, pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?” Logo, a fé
vem pela pregação e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10, 14-17).
“Pois, anunciar o evangelho não é para mim motivo de
glória. É antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar
o evangelho! Se eu o fizesse por iniciativa minha, teria direito a uma
recompensa. Mas se o faço por imposição, trata-se de uma incumbência a mim
confiada. Então, qual é a minha recompensa? Ela está no fato de eu anunciar o evangelho
gratuitamente, sem fazer uso do direito que o evangelho me confere” ( I Cor 9,16-18).
Jesus disse que a messe é grande, mas que os operários
são poucos (Mt 9,37) isso é, há muitas almas a serem salvas, mas há poucos
evangelizadores, catequistas, missionários, padres, e etc., e Ele chama cada um
que se disponha a servir. Ninguém deve se julgar pequeno para o serviço de
Deus.
É vontade de Deus que cada leigo seja evangelizador; dê
testemunho de Cristo e do Evangelho e no meio do mundo seja luz e sal da terra.
O Concílio Vaticano II resgatou de maneira iluminada o papel do leigo na
Igreja; por isso hoje, homens e mulheres leigos, jovens, fazem um trabalho
maravilhoso de evangelização. Com a enorme falta de sacerdotes, o leigo pode e
deve dar a sua grande contribuição à Igreja na missão de salvar almas.
“Todo leigo, em virtude dos dons que lhe foram
conferidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da própria missão da
Igreja ‘pela medida do dom de Cristo” (Ef 4,7) (Catecismo da Igreja Católica
§913).
Fiéis são os que, incorporados a Cristo pelo batismo,
foram constituídos como povo de Deus e assim, feitos participantes, a seu
modo, do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, são chamados a exercer,
segundo a condição própria de cada um, a missão que Deus confiou para a Igreja
cumprir no mundo (Código de Direito Canônico, 204).
“Aos leigos compete [é específico dos leigos], por vocação
própria, buscar o Reino de Deus ocupando-se das coisas temporais [os trabalhos
profissionais, participação em organizações profissionais, culturais,
empresariais, operárias, políticas, etc.] e ordenando-as segundo Deus. Vivem no
mundo, no meio de todas e cada uma das atividades e profissões, e nas
circunstâncias ordinárias da vida familiar e social, as quais como que tecem a
sua existência. Aí os chama Deus a contribuírem, do interior, à maneira de
fermento, para a santificação do mundo, através de sua própria função [...]. A
eles, portanto, compete muito especialmente esclarecer e ordenar todas as
coisas temporais, com as quais estão intimamente comprometidos, de tal maneira
que sempre se realizem segundo o espírito de Cristo, se desenvolvam e louvem o
Criador e o Redentor”
Lumen gentium, n. 31.
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