terça-feira, 30 de junho de 2015

A MISSÃO DO LEIGO



“Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade.” (1Tm 2,4)

A missão de evangelizar é de todos os cristãos; cada batizado é membro de Cristo e por isso participa da missão da Igreja que é levar o evangelho da salvação a todos os povos e a todas as pessoas. Jesus não quis e não quer salvar o mundo sem a nossa cooperação; assim nos dá a honra e a glória de sermos participantes de seu múnus profético.
O que podemos fazer mais de importante na vida é levar Cristo ao coração das pessoas, pois “só nele existe salvação”(At 4,12). Ele é a “Luz do mundo” (Jo 8,12).

“Sem Jesus Cristo o homem permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável, um enigma indecifrável”.
Beato João Paulo II, Encíclica “Jesus redentor dos homens”.

São Paulo nos diz que a fé e a salvação entram pelo ouvido:
“Ora, como invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele que não ouviram? E como o ouvirão, se ninguém o proclamar? E como o proclamarão, se não houver enviados? Assim é que está escrito: “Quão bem-vindos os pés dos que anunciam boas novas!” Mas nem todos obedeceram à Boa Nova, pois Isaías diz: “Senhor, quem acreditou em nossa pregação?” Logo, a fé vem pela pregação e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10, 14-17).

“Pois, anunciar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho! Se eu o fizesse por iniciativa minha, teria direito a uma recompensa. Mas se o faço por imposição, trata-se de uma incumbência a mim confiada. Então, qual é a minha recompensa? Ela está no fato de eu anunciar o evangelho gratuitamente, sem fazer uso do direito que o evangelho me confere”  ( I Cor 9,16-18).

Jesus disse que a messe é grande, mas que os operários são poucos (Mt 9,37) isso é, há muitas almas a serem salvas, mas há poucos evangelizadores, catequistas, missionários, padres, e etc., e Ele chama cada um que se disponha a servir. Ninguém deve se julgar pequeno para o serviço de Deus.

É vontade de Deus que cada leigo seja evangelizador; dê testemunho de Cristo e do Evangelho e no meio do mundo seja luz e sal da terra. O Concílio Vaticano II resgatou de maneira iluminada o papel do leigo na Igreja; por isso hoje, homens e mulheres leigos, jovens, fazem um trabalho maravilhoso de evangelização. Com a enorme falta de sacerdotes, o leigo pode e deve dar a sua grande contribuição à Igreja na missão de salvar almas.

“Todo leigo, em virtude dos dons que lhe foram conferidos, é ao mesmo tempo testemunha e instrumento vivo da própria missão da Igreja ‘pela medida do dom de Cristo” (Ef 4,7) (Catecismo da Igreja Católica §913).
Fiéis são os que, incorporados a Cristo pelo batismo, foram constituídos como povo de Deus e assim, feitos participantes, a seu modo, do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, são chamados a exercer, segundo a condição própria de cada um, a missão que Deus confiou para a Igreja cumprir no mundo (Código de Direito Canônico, 204).

“Aos leigos compete [é específico dos leigos], por vocação própria, buscar o Reino de Deus ocupando-se das coisas temporais [os trabalhos profissionais, participação em organizações profissionais, culturais, empresariais, operárias, políticas, etc.] e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, no meio de todas e cada uma das atividades e profissões, e nas circunstâncias ordinárias da vida familiar e social, as quais como que tecem a sua existência. Aí os chama Deus a contribuírem, do interior, à maneira de fermento, para a santificação do mundo, através de sua própria função [...]. A eles, portanto, compete muito especialmente esclarecer e ordenar todas as coisas temporais, com as quais estão intimamente comprometidos, de tal maneira que sempre se realizem segundo o espírito de Cristo, se desenvolvam e louvem o Criador e o Redentor”
 Lumen gentium, n. 31.


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