Para Jesus Cristo, a missão nasce do amor. Quando, após a
Ressurreição, o Divino Salvador envia os discípulos para anunciar a Boa Nova da
Paz, manifesta a sua vontade de que todos conheçam e coloquem em prática os
seus ensinamentos.
Sua intenção é de dar ao mundo condições
de uma Vida nova, que prepare a plenitude da vida eterna e feliz. Diante de um
mundo mergulhado na desigualdade social, na violência, na rivalidade e na
desordem de valores, Jesus traz a todos sua mensagem de perdão dos pecados, de
reconciliação e partilha fraterna.
A proclamação do Evangelho é para Deus o caminho de uma conversão nas
atitudes pessoais e no relacionamento entre grupos, povos, nações. A ação de
Deus é pedagógica. Educa-nos para o respeito, estima e amor gratuito e
introduz, assim, no coração humano, um dinamismo de reconciliação, concórdia e
paz.
Cabe aos discípulos de Jesus discernir os “sinais dos tempos” e
perceber onde são chamados a atuar pelo testemunho e pela palavra. Na atual
conjuntura torna-se necessário iluminar com o Evangelho o valor da vida humana,
desde o primeiro momento de sua concepção até seu termo natural. A dignidade de
cada pessoa, à luz do amor a Deus, precisa ser cada vez mais defendida e
promovida numa sociedade que continua gerando milhões de excluídos sociais.
Todos os cristãos, mas especialmente os líderes, são
chamados a refletir sobre a especial missão que lhes compete. Quando a vida
humana é colocada em constante risco por agressões, seqüestros, ações
exorbitantes de poderio militar, atos covardes de terrorismo contra inocentes,
aumento da miséria e pesquisas científicas sem critério ético, temos o dever de
reafirmar a dignidade e inviolabilidade da vida humana, dom de Deus.
Em nosso País há algo de característico em relação à missão
evangelizadora. Somos uma nação iluminada pela revelação cristã e com séculos
de vivência católica. Temos, assim, a sedimentação histórica dos valores
evangélicos da família, da convivência fraterna, do respeito ao pluralismo, da
integração da etnia e nacionalidade, da capacidade de perdão e outras marcas da
mensagem de Cristo. Frente às demais nações, somos chamados a manifestar nossa
fé e anunciar a outros grupos sociais a beleza e a força transformadora do
Evangelho.
A missão de evangelizar é, assim, fruto do zelo em oferecer a
outros os ensinamentos de Jesus. O zelo missionário é a expressão de nossa
vontade de fazer o bem aos que ainda não conhecem a beleza insuperável da
misericórdia e do perdão de Jesus Cristo.
É a hora de muitos jovens assumirem a alegria da missão nos
ambientes em que vivem, difundindo a Boa Nova de justiça e de concórdia. Unamos
nossas preces para que Deus abençoe ainda mais a generosidade de nossos jovens.
Nossa Mãe e Senhora os anime e ajude. Possam, com entusiasmo, alegria e coragem
levar a muitos outros povos a beleza incomparável do Evangelho.
Dom Luciano Mendes de Almeida
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