“Além-fronteiras”: Destruir os “muros”
dos particularismos, sair de si mesmo, sair da “zona” de conforto, ou até
mesmo, sair do marasmo religioso camuflado de perfeições. O desconforto da
saída traz o conforto espiritual da dimensão recíproca da missão: Levar e
trazer consigo a experiência de Deus que envia: “Senhor, até os demônios se nos
submetem em teu nome!” (Lc 10,17).
Como disse o Santo Padre, Papa
Francisco, “ Evangelização obedece ao mandato missionário de Jesus: “Ide, pois,
fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do
espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado”
(Mt 28, 19s). O Papa continua dizendo que na Palavra de Deus aparece constantemente o
dinamismo de “saída” que Deus quer provocar nos crentes. Por isso mesmo deseja
e exorta uma Igreja “em saída”. (EG)
Desde sempre Deus “incomoda” alguém
tirando-o do seu lugar para uma missão específica. Assim também, Jesus, como
enviado do Pai “Não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9,58). Por isso disse Ele,
“assim
como meu Pai me enviou assim também eu vos envio”, incomodando seus
discípulos: “Ide...”.
Hoje, ainda, o Espírito Santo não
deixa de “incomodar” sua Igreja, suscitando pessoas e tempos oportunos para
indicar a necessidade de “sair”... Diz ainda o Santo Padre que “cada
cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe
pede, mas somos todos convidados a aceitar esse chamado: sair da própria
comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz
do Evangelho... A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade de
discípulos, é uma alegria missionária... Essa alegria é um sinal de que o
Evangelho foi anunciado e está a frutificar... Mas tem sempre a dinâmica do
êxodo e do dom, de sair de si mesmo, de caminhar e de semear sempre de novo,
sempre mais além. O Senhor diz: “Vamos para outra parte, para as aldeias
vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim” (Mc 1,38),
(EG).
O tempo urge. O Espírito Santo se
encarrega de criar essa “tensão” no “coração” da Igreja para que ela não esteja
voltada unicamente para sua dimensão institucional. A missão, da mesma forma
que é a natureza essencial da Igreja, é parte essencial do meu ser como
batizado. “Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo. É
preciso consideramo-nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar,
abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar” (EG).
“Sai da tua terra e vai...” Para onde?? Antes de
sair, onde estou??
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