Assim como o Filho foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos (cf. Jo. 20,21) dizendo: « ide, pois, ensinai todas as gentes... “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos» (Mt. 28, 19-20). A Igreja recebeu dos Apóstolos este mandato solene de Cristo, de anunciar a verdade da salvação através do Apóstolo: «ai de mim, se não anunciar o Evangelho» (1 Cor. 9,16), e por isso continua a mandar incessantemente os seus arautos, até que as novas igrejas se formem plenamente e prossigam, por sua vez, a obra da evangelização.
Assim, ao celebrarmos as Missões, neste mês de Outubro, podemos nos questionar sobre a situação atual da Igreja no Brasil e no mundo e a sua disponibilidade para a Missão, porem, podemos simplesmente sondar o nosso próprio coração e analisarmos a nossa participação ou o nosso desejo de querer ser Igreja e “ ir ao encontro do rosto de Cristo presente no irmão”. Pois, tendo feito um encontro pessoal com o Ressuscitado, é natural, é automático, é a consequência levar o “Anúncio”, a “Palavra”, “a própria vida” ao próximo. Pelo batismo, carregamos conosco esse múnus, trazemos em nós a marca de Cristo que tantos deste mundo gostariam de conhecer ou de experimentar. Cabe a nós mostrarmos.
Todo chamado induz a um “levantar-se”, “pôr-se a caminho”, “ir”, sair de si mesmo e fazer comunhão com o outro, algumas vezes longe, em outra cidade, outro estado, outro país ou continente, outras vezes, perto, dentro da nossa própria casa, do nosso convívio. Um ir junto ao sentimento, à história, ao desejo do coração do outro por Jesus Cristo que transparece em nós.
Desde os patriarcas, reis e juízes, profetas, discípulos de Jesus das sagradas escrituras, aos santos e santas que viveram há muito tempo e santos e santas do nosso tempo de hoje, de agora, tiveram e tem esse papel fundamental: ser Igreja, ser Comunhão, ser Comunidade que acolhe que testemunha, que insere e atualiza o tempo vigente às necessidades da humanidade, que luta, que tem um coração desprendido de si mesmo, capaz de acolher. Isso é missão, isso é Vocação, é resposta ao chamado.
Hoje o apelo é grande, pois não vivemos uma época de mudança, e sim uma mudança de época em que tudo parece perdido e acabado, porem ao fazer uma releitura da história, percebemos que é aí que atuam os profetas, os santos, os missionários, que não se cansam de lutar pela verdade, de ajudar os sofridos, de levar a Boa Nova aos lugares mais inóspitos e profundos dos corações dos homens. Eis a nossa tarefa, eis a nossa Missão!
Aline Bonato
Aline é leiga consagrada do Instituto Missionárias Diocesanas De Jesus Sacerdote e integrante da Pastoral Vocacional na Diocese de Franca. |
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